domingo, 17 de abril de 2016

O Conceito Bobath




O Conceito Neuroevolutivo Bobath é uma abordagem terapêutica que prioriza a solução de problemas de função, movimento, tônus.

Originado pelo neurologista e psiquiatra alemão Karel Bobath e sua esposa a fisioterapeuta Bertha Bobath no início da década de 40, quando vieram para a Grã Bretanha refugiados judeus, desenvolveram um Conceito inovador e eficiente no tratamento de neuropatias.

Na década de 50 fundaram em Londres o Centro Bobath (Bobath Centre), refêrencia em pesquisas e desenvolvimento do Conceito. A partir da fundação do Bobath Centre é considerado Conceito pela sua constante evolução e atualização.

Na década de 90, Bertha Bobath percebeu que o tratamento não deveria se orientar por um conjunto estruturado de exercícios e sim de uma variedade de estratégias adaptadas para atender a evolução das necessidades individuais.

Utiliza-se da facilitação do movimento, através de estratégias (motoras, sensoriais, perceptivas), manuseios dinâmicos, solicitando o Balance (conjunto de reações de endireitamento, proteção e equilíbrio), promovendo controle sinérgico postural e adaptações posturais com foco na função através do aprendizado motor. O indivíduo aprende a sensação do movimento, e não o movimento em si.


O Conceito visa estimular e aumentar a capacidade do indivíduo para a realização de atividades funcionais com a maior independência possível, de acordo com suas potencialidades, tornando-o capaz de adaptar-se ao ambiente de forma mais adequada e desenvolver suas atividades com a melhor qualidade possível.

A bola suiça e os rolos sólidos são muito utilizados durante a execução das estratégias. Em crianças utiliza-se o lúdico como forma de tornar a terapia prazerosa e contributiva para o desenvolvimento de habilidades cognitivas, já que a percepção e a cognição devem ser integradas no aprendizado.

Segundo Gusman e Torre (2010), mais importante que utilizar as estratégias do Conceito, é saber utilizá-las no momento adequado e modificá-las de acordo com as características de cada indivíduo.

O aspecto biopisicossocial tem evoluído por mais de 50 anos, e a neurociência moderna junto com a ciência do movimento tem servido como suporte para a prática atual. A descrição do conceito evolui e enriquece à medida que novas pesquisas e informações da neurociência e da ciência do movimento surgem. 

Fontes: 
Castilho-Weinert, L. V., Forti-Bellani, C. D.; Abordagem Fisioterapêutica pelo Conceito Neuroevolutivo Bobath. Cap. 3. Omnipax, 2011
Associação Brasileira de Fisioterapia em Neurologia para o Desenvolvimento e Divulgação dos Conceitos Neurofuncionais: http://www.abradimene.org.br/







Simpósio Multidisciplinar de Saúde da Criança




 Compartilhando conhecimentos e experiências, em caráter multidisciplinar: Fisioterapeutas, Terapeutas Ocupacionais, Fonoaudiólogos, Psicólogos, Enfermeiros...

Todos pela excelência no atendimento pediátrico (baixa, média e alta complexidade) da internação aos cuidados domiciliares, com foco no desenvolvimento biopsicossocial da criança.






Ensinar é uma estrada de mão dupla...
Obrigada!



sexta-feira, 4 de março de 2016


“Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.”

(autor desconhecido)

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Intervenção Precoce -
A família como facilitadora!


"Com os avanços da médico-científicos, especialmente na área de neonatologia, os índices de mortalidade infantil foram reduzidos, possibilitando maior sobrevida dos neonatos de risco. "  (Carvalho, Linhares & Martinez, 2001)
  

Bebês prematuros apresentam um risco considerável para o Atraso do Desenvolvimento Neuropsicomotor e a fisioterapia focada na Estimulação Precoce é essencial e necessária para assegurar ao bebê o desenvolvimento do Individuo Pleno em suas capacidades motoras, sensoriais e cognitivas, já que os primeiros 3 anos de vida são decisivos neste processo para toda a vida.  O acompanhamento periódico é importante para identificar lacunas de desenvolvimento (GAPs) que devem ser corrigidos de prontidão em seu tempo adequado para que não haja sequelas.

A participação da família nos programas de Intervenção/Estimulação Precoce é muito importante. Diversos estudos, que utilizam o termo Cuidado Centrado na Família (CCF), para designar esta prática coadjuvante no processo terapêutico, fundamentam essa vertente, conforme um dos artigos, dentre muitos na literatura:  http://www.scielo.br/pdf/paideia/v14n29/06.pdf

Foram realizados diversos estudos onde uma parte dos bebês submetia-se apenas a estimulação com fisioterapeuta e a outra parte, além da fisioterapia, recebiam orientações de cuidados, atividades e posicionamentos realizados em casa pelos pais. O grupo que recebia os cuidados das família apresentavam um desempenho melhor. Esses resultados são observados normalmente na prática clínica. Família engajada produz resultados fabulosos!


A estimulação adequada associada à presença e participação do cuidador durante os atendimentos contribui para o desenvolvimento do bebê. Sendo o vínculo materno muito importante para o desenvolvimento biopsicossocial da lactente, a presença da mãe durante os atendimentos reforçam o aprendizado motor e as vivências sensoriais através da confiança transmitida pelo vínculo mãe-bebê. Este vínculo deve ser reforçado e favoravelmente utilizado durante as terapias por assegurar a oportunidade de contribuir para o desenvolvimento do bebê e o sequenciamento das atividades e orientações.

sábado, 13 de dezembro de 2014

Terapia Assistida por Animais


A Terapia Assistida por Animais (TAA), consiste na utilização de animais, mais comumente são utilizados o cão (cinoterapia) e o cavalo (equoterapia), como recurso terapêutico coadjuvante na abordagem fisioterapêutica tradicional, estimulando a interação, a afetividade, motivando de maneira lúdica a terapia, contribuindo para adequação de tônus e aquisição motora e funcional.

Cindy, a cão terapeuta; Carla Paloma; Vanessa Ferrari e Gui
Na pesquisa, onde foi utilizada uma cachorra, devidamente adestrada, Cindy, nossa cão-terapeuta, onde associei os manuseios da fisioterapia com a presença de Cindy, de maneira facilitadora, lúdica, estimulando funções (escovar a cachorra, acariciá~la, alimentá-la, conduzi-la pela guia a passear, jogar bolinhas), transferências, mobilidade, estabilidade. Os resultados foram muito positivos especialmente na interação/cognição, na atividade motora grossa, tanto em qualidade de movimento quanto em melhores tempos na execução das atividades ou transferências propostas.